Nenhum instituto de pesquisa havia ainda levantado a possibilidade de
haver segundo turno nas eleições do Rio Grande do Norte. No entanto, na
última segunda-feira (15), a segunda pesquisa Ibope divulgada pela Inter TVCabugi, pela
primeira vez, diante da estagnação do líder na corrida sucessória, o
presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB) em 40 pontos percentuais –
na primeira pesquisa Ibope ele tinha esse mesmo percentual e na segunda
manteve – e diante também da curva ascendente do seu principal opositor
Robinson Faria (PSD), embora que ainda muito devagar, sinalizou que já
começa a existir sim essa possibilidade.
Sintomático ou não,
faltando menos de 20 dias para o pleito a possibilidade de segundo turno
já chegou ao marketing das campanhas dos dois principais candidatos ao
governo do Rio Grande do Norte. Na campanha de Henrique Alves, por
exemplo, que no início pregava o não radicalismo, observa-se que nos
últimos programas eleitorais a referência a Robinson como
vice-governador de Rosalba Ciarlini soa como provocação, como que isso
pudesse incomodar o adversário tendo em vista o desgaste do governo
Rosalba. Não só isso: a campanha de Henrique insisti em dizer que Faria
como secretário de Recursos Hídricos não fez nada para amenizar o
problema da seca no estado. Embora o seu marketing não admita
publicamente, óbvio e claro, o radicalismo é um sintoma da real
possibilidade de segundo turno.
A campanha de Robinson rebate e
cola em Henrique Alves a pecha do “candidato do acordão”. E mais:
reforça junto ao eleitor que Henrique é contra a baixaria, e que
“baixaria maior é ele ser citado no escândalo de corrupção que envolve a
Petrobras”, conforme delação premiada do ex-diretor da estatal do
petróleo, Paulo Roberto Costa, à Polícia Federal dias atrás, levada as
páginas da revista Veja com grande repercussão nacional.
Como
se observa, quando campanhas políticas começam a se acirrar é porque os
ânimos tomaram conta dos envolvidos em função de que o quadro ainda não
se definiu pra seu ninguém. Enganam-se aqueles que pensam que uma
diferença de apenas 9 pontos percentuais pode definir uma eleição. Se
for levado em consideração a margem de erro que varia entre 2,3 e até 4
pontos percentuais, dependendo do instituto, 9 pontos percentuais, neste
caso, pode ser favorável a um ou outro candidato.
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